Quem trabalha na área clínica tem percebido que a demanda de atendimento para crianças tem crescido bastante. No meu estágio clínico, optei por priorizar o público infantil e adolescentes. Atualmente, tenho trabalhado com todas as faixas etárias, mas confesso que a terapia com crianças faz os meus olhos brilharem mais A terapia infantil, em especial, tem algumas particularidades, fazendo com que seja bastante distinta da terapia com adolescentes e adultos. Um dos primeiros fatores que percebo é que a criança, por não ser autônoma, depende de um encaminhamento e da vontade de um adulto para que ela tenha acesso à terapia. Sendo assim, na maioria das vezes, ela chega ao consultório sem saber o que é a terapia e para que ela se encontra naquele local. Por isso, o psicólogo clínico infantil deve ser bastante empático e utilizar bastantes recursos lúdicos a fim de estabelecer um bom vínculo terapêutico com os pequeninos. A hora do jogo diagnóstica, termo usado na Psicologia para intervenções nesse contexto, é usada para fazer o rapport, diagnósticos e até atividades terapêuticas. Na terapia, a criança pode se expressar de maneira autônoma sem julgamentos de valor. Nesse espaço, ela pode aprender também muito sobre os seus sentimentos, emoções e comportamentos. Além disso, ela aprende através do lúdico que na vida e no jogo nós temos regras.
A maioria dos pais trabalha muito e isso gera em muitos deles sentimentos de culpa e falta com os seus pequenos. Por esse e outros motivos, a orientação de pais é outro aspecto muito importante nesse processo. Os pais, cuidadores e professores se tornam importantes aliados no processo terapêutico, afinal quase todas as questões que aparecem na criança são reflexo do seu meio. A maioria das abordagens em Psicologia tem estudos e podem direcionar o seu trabalho para esse público.
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