Você já se perguntou que lugar você ocupa na sua vida? É provável que não. Muitas pessoas levam suas vidas sem se dar conta da importância dessa pergunta e da resposta para a mesma. No consultório, percebo que muitos pacientes se comportam de um modo como se elas fossem a "última pessoa em suas próprias vidas". Para essas pessoas, o outro está sempre em primeiro lugar e não deve ser contrariado. Agindo assim, as pessoas acabam vivendo uma angústia em agradar os demais o tempo todo, porém o que acontece muitas vezes é que nesse movimento elas não conseguem atingir o seu objetivo e também não ficam satisfeitas consigo mesmas.
Esse tipo de comportamento pode estar muito ligado a sentimentos de inferioridade, como a desvalia e o desamor. Eu costumo comentar que é importante pensar no bem do próximo, mas que antes é fundamental pensarmos no nosso próprio bem. Afinal, para poder cuidar do outro é necessário primeiro cuidar-se. Nesse sentido, seria oportuno buscar por uma espécie de "egoísmo positivo". O termo "egoísmo" acabou adquirindo uma conotação negativa na nossa cultura, no entanto ele não é necessariamente ruim a depender da situação. Você pode me questionar: "Mas como desenvolver esse 'egoísmo positivo' "? Eu diria que um aspecto fundamental é desenvolver o amor próprio. Parece clichê, mas quando conhecemos nossas virtudes e aprendemos a gostar de quem somos, muitas coisas começam a mudar em nossas vidas.Uma dessas mudanças é começar, por exemplo, a dizer "não" quando é necessário. E agora? Já sabe que lugar você ocupa na sua vida? Está bom assim nessa posição? A psicoterapia pode ser um caminho para esse e outros questionamentos. A partir daí, de modo reflexivo, as mudanças começam a surgir.
0 comentários :
Postar um comentário